Se você é a turminha que adora bater longos papos com as plantinhas que tem em casa ou até com as que encontra na natureza, sentimos em informar que, de acordo com um estudo apresentado recentemente, esses organismos são desprovidos de consciência e, portanto, são incapazes de sentir, aprender, pensar ou reagir intencionalmente aos nossos estímulos.
Achou estranho que alguém investisse tempo e esforço em uma pesquisa como essas? Pois saiba que ela consiste em uma espécie de resposta a um movimento que surgiu há alguns anos e que “plantou a sementinha” de que as plantas eram seres inteligentes e capazes de ter sentimentos.
Entretanto, embora as plantas sejam dotadas de uma biologia incrivelmente complexa, ela difere muito da biologia dos animais – e, apesar de a ideia de que os vegetais possam ter consciência e inteligência ser intrigante, as evidências não se sustentam. Isso porque, conforme explicaram os autores do novo estudo, não podemos reduzir as atividades de cérebros submetidos a milhões de anos de evolução a simples pulsos e sinais elétricos.
Inconscientes naturais
É verdade que as células das plantas se comunicam através de pulsos, mas, analisando friamente, a atividade é incrivelmente superficial quando comparada aos bilhões de sinapses que acontecem o tempo todo através dos sistemas nervosos dos animais. Além disso, a presença de um cérebro com um mínimo de capacidade e complexidade é imprescindível para que a consciência exista.
Nos animais mesmo, a consciência – ou seja, a capacidade de ter noção da própria existência e do ambiente em que um indivíduo se encontra inserido – só pode ser possível em vertebrados, cefalópodes e artrópodes, que são criaturas dotadas de cérebros complexos o suficiente para que ela se manifeste. E se em bichos com sistemas nervosos mais simples a consciência não existe, imagine nas plantas, que nem cérebro têm...
Aliás, considerando a violência à qual as plantinhas vêm sendo submetidas desde que a humanidade surgiu no planeta e tomou conta do pedaço, talvez seja melhor mesmo que elas permaneçam inconscientes.
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